terça-feira, 2 de outubro de 2012

"Quem empresta, não presta"

Hoje resolvi falar de um tema polêmico...

Emprestar coisas... Ou melhor, sobre NÃO emprestar coisas.

"Quem empresta, não presta" Já ouviu esse ditado?

E "quem empresta a um amigo, cobra um inimigo" ou "Dinheiro emprestado parte rindo e volta chorando"?  Quantos já ouviram?

Pode parecer dramático, mas é mais ou menos assim que acontece... 

Na maioria das vezes, emprestamos algo nosso, no qual atribuímos algum valor (financeiro ou sentimental) e a pessoa que pega emprestado, muitas vezes o despreza (seja "esquecendo de devolver", ou devolvendo com avarias), não dando valor nenhum ao objeto e à pessoa do empréstimo. Por isso o ditado do título se aplica bem...

Depois de algum tempo "tomando na cabeça", eu aprendi uma das maiores e egoístas lições da vida adulta: Jamais empreste suas coisas para outra pessoa! Seja ela quem for!

Quer ter algum respeito? Por si mesmo e por suas coisas? Então, se preste e não empreste!

É duro falar assim. É egoísta. Soa mal... Mas infelizmente é necessário.

Mas eu já perdi amizades, já perdi coisas, já me chateei... Estou careca de "perder". Tudo por conta de emprestar algo a alguém. Hoje, já não faço mais isso.


Já passei muita raiva por:
  • Ver que aquele CD que eu emprestei voltou arranhado, que a roupa voltou suja ou desfiada, que o livro voltou cheio de orelhas (ou não voltou)...;
  • Emprestar e depois de algum tempo perceber que a pessoa esqueceu-se de devolver;
  • Pedir algo de volta ao amigo "esquecido" e ainda ter que aguentar a pessoa fazer cara feia (como se nós é que estivéssemos errados em pedir de volta o que é nosso);
  • Perder amizade porque a pessoa passou a me evitar, ou sumiu, pra não ter que pagar algo que devia, ou que estragou.
Praticamente tudo o que eu emprestei até hoje, eu me arrependi de ter emprestado.

Mas a pior de todas foi o meu nome! Só emprestei meu crédito uma única vez na vida. E logo na primeira vez, tomei um calote. Tive que pagar a dívida alheia (mas em meu nome) e ainda perdi a amizade, pois a pessoa começou a me evitar assim que ficou me devendo.

Depois dessas coisas a gente vai ficando esperto e vai aprendendo a dizer "não", sempre que necessário.

O bom seria que as pessoas nem nos pedissem as coisas, afim de evitar a saia justa. Mas como não é assim que acontece, hoje em dia tenho sido taxativa no "NÃO", quando me pedem alguma coisa emprestada. Doa a quem doer!

Não adianta a pessoa dizer que é cuidadosa, ou que devolve rapidinho... Não empresto! 
Por mais que a pessoa seja correta, muitas coisas podem acontecer no trajeto minha-casa>casa-da-pessoa. Um assalto por exemplo! Aí, aquele seu DVD raríssimo do show daquela sua banda predileta, dado de presente por aquela pessoa super especial pode ter sido perdido para todo o sempre.

Por essas e por outras é que eu não empresto quase nada!

Quando eu era criança, meus pais ensinaram três lições básicas sobre pegar emprestado:
  1. Devolva o quanto antes (pois nunca se sabe quando o dono pode vir a precisar do seu objeto), não espere o dono vir te pedir;
  2. Devolva limpo e íntegro. Do mesmo jeito que a pessoa te emprestou;
  3. Se estragou, tenha a decência de dar à pessoa um novo ou lhe pagar o prejuízo.

São lições para uma boa convivência e eu sempre segui a risca essas lições. Sempre que peguei algo emprestado, busquei devolver o mais rápido possível e ser cuidadosa com as coisas dos outros. Tanto que nunca precisei fazer uso da terceira lição.
Bom seria se todos tivessem tido essas mesmas orientações...

Mas como parece que a maioria desconhece essas regras, infelizmente eu tive que remanejar meus conceitos e adotar novos princípios.
Como disse anteriormente, na vivência, eu tomei na cabeça algumas vezes e aprendi umas lições e tenho colocado novas regras em prática de uns tempos pra cá.
São as seguintes:

  1. Nunca mais peço emprestado. (Como ter alguma moral para dizer "não" para alguém se você pede e usa as coisas dos outros? Agora aqui é assim: Se eu quero usufruir de algo, eu compro. Se não puder comprar, fico na vontade, mas pegar emprestado com os outros, nunca mais.)
  2. Não empresto mais, de jeito nenhum: Tem um outro ditado que diz: "Marido, carro, arma e dinheiro não se emprestam". Eu vou além... Não empresto CDs, DVDs, livros, roupas, maquiagem, sapatos, brincos, anéis, colares, ferramentas, crédito, grandes quantias em dinheiro e tudo o mais que tiver para mim um grande valor (financeiro ou emocional).
  3. O que eu empresto: São algumas excessões. Normalmente, coisas do dia-à-dia. Empresto não porque me apetece, mas para que não me julguem como uma pessoa extremamente egoísta que não empresta absolutamente nada. O que eu empresto no dia-à-dia: Caneta que alguém me pede para anotar algo na hora (mas fico em cima, quando a pessoa termina eu peço de volta na mesma hora), pequenas quantias em dinheiro quando alguém precisa (para inteirar uma passagem de ônibus, ou para um lanche na rua, por exemplo) e nesses casos eu nem cobro depois, por se tratar de quantias de pequeno valor, acabo por não fazer questão.

Tenho feito isso e evitado alguns aborrecimentos com objetos avariados pelos outros.

Mais em compensação, tenho notado que algumas pessoas tem ficado chateadas quando recebem um "não".
Mas, fazer o que né? Quando peço algo de volta elas também se chateiam. E se o objeto emprestado não voltar do jeito como era quando eu emprestei, quem se chateia sou eu! Então...

Esse assunto gera muita polêmica e uma tremenda saia justa né?

E vocês? Como agem acerca desse assunto?
Também não emprestam mais suas coisas? Como tem sido?
Ou, como agem quando pegam algo emprestado ou quando emprestam algo?



5 comentários:

  1. Eu tbm ja tomei muito na cabeça por conta de emprestar algo. O Ultimo foi com o carregado do meu note...que voltou quebrado...depois de me aborrecer...a pessoa teve o bom senso de mandar consertar....mas tbm decidi nao empresto mais nada. E muito menos pego emprestado. =/

    ResponderExcluir
  2. Aff, já levei muito prejuízo nessa vida, por conta de ser boazinha d+.

    Pois agora penso como você, odeio emprestar minhas coisas (por menores que sejam), tenho ciumes até de utensílios domésticos, e se empresto (raríssimas vezes), fico no pé até me entregarem, porque as pessoas infelizmente tem a mania de esquecer de entregar ou achar que você fez doação, rsrs.

    É difícil viu!!!

    ResponderExcluir
  3. É, sei bem do que está falando!!!

    E concordo com vc hoje só empresto algo sem valor... digo, financeiro ou sentimental...Coisas que se não voltar não me fará falta!!!

    Ahhh, fiz o post, sobre as taças que vc fez no seu casamento, da uma passadinha la no blog pra conferir... http://faeguvaocasar.blogspot.com.br/2012/10/tacas-personalizadas-com-strass.html


    Bjsss e otima tarde de terça!!!

    ResponderExcluir
  4. Eu tbm não gosto mt de emprestar minhas coisas,por mais simples que sejam tem valor sentimental,e as vezes que emprestei saí no prejuízo.
    Dependendo do que for eu até prefiro dar um parecido de presente pra pessoa..
    só assim eu não fico com sentimento de perda.

    ResponderExcluir
  5. Ai menina eu tenho um defeito, eu não peço nada emprestado, mas tbm não consigo dizer não... chato né?
    Já perdi diversos livros, e o pior um que eu adorava só consegui recuperar pq ele foi simplesmente emprestado (para não dizer dado) para outra pessoa, e eu vi, e falei é meu, vou levar para casa e levei. Queria aprender a dizer nao, como vc

    BEijos

    ResponderExcluir